Registros da Vida Partidária
Juventude
Também entre os jovens, “quando ninguém podia falar no Brasil, o MDB foi a voz de todos”.
No início da década de 1970, o Movimento Estudantil, acossado pela forte repressão a suas lideranças, pela opção de alguns de seus maiores líderes em integrar grupos de ação armada e pelos decretos ditatoriais 228 e 477, estava completamente desmobilizado.
Paulo Ziulkoski, primeiro presidente da Juventude do MDB do RS (1973/1978) e primeiro presidente do Setor Jovem Nacional do MDB, conta a difícil tarefa de arregimentar jovens para a militância no partido:
Com isso, se iniciou um trabalho no Estado para se aglutinar os jovens para ter um canal de expressão, uma estrutura mais acadêmica. Era o IEPES surgindo para incentivar a formulação política e a análise de textos e documentos.
Nasceram, concomitantemente, dois organismos partidários que se mostrariam fundamentais na luta pela redemocratização: o Instituto de Estudos e Pesquisas Sociais (IEPES) e a Juventude.
Também entre os jovens, “quando ninguém podia falar no Brasil, o MDB foi a voz de todos”.
Na impossibilidade dos estudantes expressarem seus anseios e reivindicações através das organizações estudantis que haviam sido banidas, nasce a Juventude do MDB.
O jornal “Documento”, editado pelo setor, foi fundamental na luta democrática, denunciando os desmandos da ditadura.
Por sua atuação política de organização da juventude, Paulo Ziulkoski foi indiciado em inquérito pela Lei de Segurança Nacional (LSN), uma das mais temidas e duradouras legislações autoritárias criadas pelo regime implantado pelo golpe de 1964.
Referência:
PMDB RS. Revista Cinquentenário do PMDB. Março 2016.