Agonia e Esperança

Agonia e esperança

Na véspera de sua posse, que seria dia 15 de março de 1985, Tancredo de Almeida Neves, o primeiro civil eleito Presidente da República após 21 anos de ditadura cívico-militar, adoeceu gravemente.

Não tomou posse, jamais tomaria.

Mas, a mobilização popular pela recuperação de sua saúde foi um fenômeno emblemático que transcendeu barreiras sociais, econômicas e religiosas. Em cada esquina, nas praças e igrejas de todos os cultos, o clamor por seu reestabelecimento soava como um hino de esperança. Todos se uniram em uma corrente de solidariedade e fé.

Naquele momento, não importava idade, classe social, grau de instrução, religião. Já não era somente uma questão política, mas sim a vontade de que o homem no qual o Brasil depositara seus sonhos recuperasse a saúde e pudesse transformá-los em realidade.

Quando foi anunciada sua morte, em 21 de abril de 1985, o país enlutou-se, mas mostrou também a força da unidade do povo brasileiro para dar suporte ao Presidente Sarney e dar seguimento à reconstrução democrática.

Frente ao hospital das clinicas durante a 3ª operação de Tancredo em SP, abril de 1985 (Foto Graciela Magnoni - Arquivo Edgard Leuenroth)

Frente ao Instituto do Coração durante a doença de Tancredo, Abril de 1985 (Foto Graciela Magnoni - Arquivo Edgard Leuenroth)

Populares frente ao HC durante a doença de Tancredo, Abril de 1985(Foto Graciela Magnoni - Arquivo Edgard Leuenroth)

Incor durante a doença de Tancredo no dia 17/04/1985 (Foto Graciela Magnoni - Arquivo Edgard Leuenroth)

Missas e celebrações pela recuperação do presidente

Tancredo chega ao povo, mas alta agora é duvida

Tancredo sai da 3ª cirurgia

Próximas 72 horas serão críticas

Povo acompanha o drama de perto

Tancredo melhor - Infecção cedeu

Mutirão nacional de orações

País abalado com a 4ª cirurgia

Hospital volta à rotina da recuperação

Tancredo luta contra a morte e o povo reza

O povo continua rezando apesar da desolação geral

País respira mais aliviado: Tancredo venceu outra luta

Só resta a esperança

Dramática resistência

Tancredo ainda luta

Só um milagre

Só um milagre

A lenta agonia

Movimentos populares

Nem o coração resiste

Morre Tancredo, a esperança do povo

À tarde, as derradeiras esperanças

O fim de uma agonia que durou 39 dias

E o povo volta às ruas por Tancredo

Tumulto na hora do embarque do corpo

Em Brasília, outra grande homenagem

Tragédia aumenta a dor dos mineiros

Funeral Tancredo Neves em Brasília (Foto Marcio A. Barros - Arquivo Edgard Leuenroth)

Povo na rua seguindo o cortejo de Tancredo no dia 22/041985 em SP (Foto Graciela Magnoni - Arquivo Edgard Leuenroth)

Funeral de Tancredo Neves (Foto Graciela Magnoni - Arquivo Edgard Leuenroth)

Na Av. Rubem Berta a caminho do Aeroporto de Congonhas, onde o avião presidencial levaria o corpo para Brasília (Manchete RJ)

Morte de Tancredo Neves no dia 22/04/1985 em SP (Foto Graciela Magnoni - Arquivo Edgard Leuenroth)

Contribua com o Acervo

Receba nosso boletim Politizar